terça-feira, 8 de abril de 2014

Cap. 2 Amor é para os fracos ( Rock Me )






Eu fiquei olhando aquela cena perplexa com raiva, ódio, tristeza, mágoa enfim, é como se estivesse todos os sentimentos ruins misturado em apenas uma pessoa. Minha mãe ainda se encontrava no chão, a mesma chorava muito, sua bochecha da esquerda estava vermelha e seu nariz estava.... Sangrando ?? Eu olhei para o meu pai revoltada e ele estava com a face vermelha, parecia que estava nervoso, suas mãos se encontravam fechadas e ele respirava pesadamente. Mais o que aconteceu aqui ?

Eu: PORRA O QUE ACONTECEU AQUI ? NINGUÉM VAI ME EXPLICAR ?
Mãe: Filha se acalma - disse se levantando
Eu: ME ACALMA, COMO VOCÊ  QUER QUE EU ME ACALME COM UMA CENA DESSA ? OLHA A SUA CARA MÃE, ESTÁ TODA VERMELHA, FORA O SANGUE NO SEU NARIZ
Mãe: Não foi nada, eu só...
Eu: VOCÊ O CARALHO - olhei para o meu pai - SEU VELHO IMUNDO O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA MÃE SEU DESGRAÇADO ! - Gritei indo para cima dele.
Pai: Jaci - eu continuei estapeando o peitoral dele - PARA JACI ! - Ele gritou comigo e em seguida me lançou um tapa na cara e eu deixei uma lágrima cair
Eu: VOCÊ ESTÁ DOIDO ? SEU FILHO DA PUTA EU VOU TE MATAR ! - Disse indo para cima dele mais a minha mãe me segurou
Mãe: Jaci, se acalma... Se acalma. Não vale a pena isso, vem, vamos sair daqui. - Disse me arrastando
Pai: Aonde vocês pensam que vão ? - continuamos andando - EU ESTOU FALANDO COM VOCÊS - Puxou o cabelo da minha mãe e ela começou a gritar
Eu: MÃE ! - Eu fui tentar a salvar mais o meu pai me empurrou me fazendo bater a cabeça na quina da cama e depois apagar.

[...]

Acordei com uma enorme dor de cabeça, abri os meus olhos mais logo tive que fechar pela incomodação da luz nos meus olhos. Abri os meus olhos novamente e a minha cabeça começou a latejar mais ainda, levei uma de minhas mãos até a mesma e percebi que ela estava enfaixada. O que aconteceu ? Olhei ao redor e percebi que eu estava em um hospital, não é de menos que tem um bipe chato me incomodando, fechei os meus olhos novamente e respirei fundo. Quando abri, percebi que tinha uma poltrona em um canto e nessa poltrona estava a minha mãe dormindo nela com um pequeno curativo na lateral de sua testa. A mesma abriu os seus olhos e me encarou, em seguida, abriu o seu sorriso. Aquele que só ela saber dar.

Mãe: Filha, que bom que você acordou - disse caminhando até a mim
Eu: Mãe... você sabe que não é bom para você dormir nessa poltrona. Alias, essa poltrona nem é confortável
Mãe: Te garanto que sim - rimos
Eu: Tudo bem - ficamos nos encarando -  Cade o papai ?
Mãe: Ele tomou um sedativo e agora está dormindo
Eu: Sedativo ? O que ? O que está acontecendo ?
Mãe: Os vizinhos ouviram os gritos e chamaram a policia, então eles viram que eu estava com um ferimento na testa e chamaram a ambulância e foi ai que eles aproveitaram e sedaram o seu pai.
Eu: Aquilo não é o meu pai, Aquilo é um monstro - balancei a minha cabeça negativamente e a minha mãe suspirou. - Você vai deixar ele não é ?
Mãe: Jaci eu...
Eu: Mãe...
Mãe: Jaci eu não posso - abaixou a cabeça
Eu: O que ? por que ? - disse me exaltando
Mãe: Eu o amo muito e o deixar seria demais para mim
Eu: Mais mãe... ele te bateu, ele me bateu
Mãe: É mais... Também a culpa foi minha
Eu: Não, eu não acredito que depois de tudo isso você vai defender ele e ainda vai continuar com ele
Mãe: Jaci olha... Você não entende sabe...
Eu: Eu não entendo - ri sarcástica - eu não entendo o que ? Que você não quer deixar ele ? Que mesmo você apanhando dele você ainda o ama ? Que você está protegendo ele ? Que talvez você tenha gostado de apanhar...
Mãe: CHEGA JACIENE ! - ela respirou fundo - Olha... Talvez você só saberá disso quando você realmente amar alguém - ri
Eu: Nunca !
Mãe: Isso é o que veremos.

Cara eu não entendo, como a minha mãe ama ele depois de tudo que ele fez ? Depois de ele ter batido nela ? E se eu não estivesse ido lá, o que seria da minha mãe ? E mesmo assim ela ainda quer ficar com ele. E isso é tudo culpa desse maldito amor que ela sente por ele, e é por isso que eu digo, eu NUNCA vou me apaixonar por alguém, jamais... Amor para mim é muito forte. Amor é uma palavra que não existe no meu vocabulário. Amor é para os fracos.

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